Texto 11

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Texto 11

Vamos invadir sua praia

Décima primeira postagem: Nós vamos invadir sua praia - Ultraje a rigor.

Olá. Não estava brincando quando falei que iria analisar melhor os álbuns que passavam pelos textos. Estava escrevendo o mesmo texto várias vezes e isso torna-se maçante ao longo do tempo. A intenção é que esse espaço amplie-se e não que acabe como 52 textos iguais. Hoje quis trazer algo mais descontraído para descansarmos a cabeça e para tal, apresento (audacioso) uma das bandas mais divertidas e sérias dos anos 80, Ultraje a rigor. Vou invadir seu dispositivo.

01. Nós vamos invadir sua praia.

Música para descontrair e fazer pensar sobre contrastes. Sempre que ouço fica claro isso. Praia de elite invadida pela farofa e galinha (que aqui pelo Nordeste, chamamos de galeto). Vou destacar as participações especiais e espaciais de Big Abreu (João Penca e seus miquinhos amestrados), Lobão (velho lobo descontraindo?), Leo Jaime (gatinha manhosa) e Ritchie (menina veneno). Essa faixa é um hino que deveria tocar em qualquer ocasião onde sintamos que não somos bem vindos....;

02. Rebelde sem causa.

Essa é muito divertida. Havia uma época, início do milênio, em que eu achava que o pior tipo de rebeldia da meninada era ser emo. Essa música é a cara dos emos (lembra daquele povo de preto lamentando mas sem motivos?) e pode ser que o Ultrage a Rigor tenha previsto aquela porcaria que aconteceu. Música de riquinho mimado e, como falei antes, muito engraçada.

03. Mim quer tocar.

Nessa terceira faixa eu me lembro do "black album" do Metallica.... Calma que explico. Parece uma coletânea e não um álbum normal. Claro que esse é o álbum de estréia e por isso pode ser que os caras tenham guardado tudo de bom para ele... Sobre essa faixa, musicalmente me lembra uma dos raimundos (reggae do manero). Tirando essas duas lembranças, a faixa brinca com os índios e nossa herança e até brinca com a necessidade dos "índios" modernos em precisar do dinheiro para se sustentar, algo impensado nos tempos do Cabral (o de Portugal, por favor).

04. Zoraide.

Olha só o nome da faixa... Que nome... Deixemos de lado esse ponto e falemos sobre a faixa em si. Homens x mulheres. Não tem como fugir ou imaginar que os marmanjos de plantão pensaram sobre isso. O nhém-nhém-nhém na orelha é clássico e, meninas, acreditem. Se vocês acham chata essa parte da música, multiplica por 10, no mínimo, e chegarão ao homem. heehhehhehe. Nota 10!

05. Ciúme.

Vou comentar essa do modo chato. Ciúme ou Ciúmes? Depende do tamanho dele. É um sentimento e então alguns dizem que não aceita-se plural enquanto outros interpretam que ciúme é de 1 coisa e ciúmes de várias coisas. Eu conheço alguém que tem Ciúmes mesmo no singular... ahahhha.

06. Inútil.

Brasil-sil-sil. Essa música não pode substituir o Hino nacional? Em teoria o Hino retrata um povo, uma nação. Não pode trocar mesmo? Droga. O que comentar sobre essa faixa? Se não comentar nada, dou razão ao autor.... Ah... Comentarei apenas que a gente fala, fala, fala e não consegue comentar...

07. Marylou.

Tinha algo errado na minha infância. Tenho certeza que cantava essa música quando criança e não percebia nada de errado nela. Achava engraçada e só isso. Acho que era meio imbecil quando criança ou... era apenas criança. Vamos apenas brincar com essa música com cowboys, galinha, vaquinha e pistolas de velho oeste.

08. Jesse Go.

Essa fez sucesso depois do acústico. Antes disso não me lembro dela. Totalmente desculpado afinal, não é uma coletânea. Gosto da crítica à fala de talento compensada por investimento pesado de gravadoras que transforma qualquer um em estrela. Nessa época ele está citando apenas o artista musical. Atualmente, uma simulação de vida pode transformar uma pessoa em alguém relevante... deprimente. Raul Seixas falou isso já em uma ótima faixa chamada "muita estrela, pouca constelação". Fica a sugestão.

09. Eu me amo.

Que momento mais introspectivo. Faixa que pouca umas 2 ou 3 visitas ao psicólogo. Talvez ela seja o motivo do texto de hoje estar mais alegre que os demais. Se pudesse colocar aquelas frases feitas, diria que enquanto procuramos a felicidade em coisas, sejam elas pequenas ou grandes, temos a felicidade dentro de nós. Roberto Carlos já teve uma música assim.... Todos estão surdos. Nova dica. Acho que farei um texto sobre Roberto Carlos um dia. Basta achar um álbum bom. heheehhehee.

10. Se você sabia.

Música safadinha... recheada com ótimas frases e brincadeiras com as palavras, rimando e rindo. Seu pai não é mais criança e você com essa pança... Só ouvindo. Talvez a mais recomendada desse álbum para dar boas risadas (desde que você não tenha caído na armadinha porque a menina não lhe avisou).

11. Independente Futebol Clube.

Mais uma que só vim conhecer depois do acústico. Sinceramente, não vejo uma grande faixa mas depois de 10, nem ligo pra essa. Mesmo não sendo a melhor faixa, temos música ao vivo e a bandeira do "vamos apenas ficar" levantada. Moderninha demais.

12. Ricota.

Essa não é deles... Edgar Scandurra (IRA!) escreveu essa música que é o que hoje classificaríamos como "zueira". Ou seja, algo que não combina com o álbum e que nem entraria nele se fosse manter a coerência. Acho que essa música representa o "Vamos invadir sua praia" pois temos uma música que simplesmente invade o álbum para algo sem sentido mas muito engraçado. Destaco que a faixa não está no álbum original de 85 e foi acrescentada em uma versão dele de 2001.

Resumo da obra: Essa foi boa. Hoje tudo muito divertido para falar sobre um álbum que me controlo pra não ouvir 2 vezes seguidas. Uma boa pedida para seguirmos experimentando até a última postagem, sem data definida. Até a próxima. Vamos à praia?